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A Farsa da Reforma Agrária

OESP – publicado em abril de 2004
“Tanta terra sem gente, tanta gente sem terra” – essa é uma das frases de efeito preferidas do messiânico Frei Beto, uma espécie de revolucionário de batina, ao se referir à famigerada reforma agrária. O frade em questão é a favor da redistribuição fundiária.
Todo mundo, em princípio, também é. Nada mais odioso do que saber que enquanto os miseráveis urbanos passam fome, alguns milhões de agricultores autênticos não podem plantar alimentos porque a terra, no Brasil, está ociosa, concentrada nas mãos de alguns poucos latifundiários, que a deixam estocada, com fins especulativos.
As teses de Frei Beto e da Comissão Pastoral da Terra – ligada à ala esquerda da Igreja Católica – seriam impecáveis se tudo isso fosse verdade. O problema é que não é.
Primeiro: se os miseráveis urbanos passam fome isso se deve à sua baixa renda e não à falta de produção de alimentos. A agricultura brasileira está tecnologicamente habilitada e tem plenas condições de alimentar toda a nossa população e ainda exportar bilhões de dólares de excedentes.
Segundo: existem de fato agricultores autênticos sem terra – são filhos de pequenos agricultores que não cabem mais nas pequenas propriedades de seus pais e, em tese, mereceriam uma oportunidade de tornarem-se eles também pequenos proprietários. Só que eles não estão entre os zangados e baderneiros militantes do MST. O movimento do Sr. Stédile se compõe, em sua imensa maioria, de pessoas de origem urbana, que não têm a menor vocação ou prática nas lides rurais.
Terceiro: Os odiosos latifúndios improdutivos – terras ociosas e estocadas com fins especulativos – simplesmente não existem mais no país. Com o fim da inflação não faz mais sentido especular com terras. Em função do receio da reforma agrária, as grandes propriedades inexploradas, nas últimas duas décadas, ou foram desapropriadas, ou tornaram-se produtivas ou foram vendidas para empresários que as fazem produzir.
Acabo de ler e reler o recém lançado livro “O Carma da Terra no Brasil”, do meu colega de página Xico Graziano. Eu o recomendo para todos que quiserem entender a nossa realidade rural. Ele confirma, lastreado em dados concretos e pesquisas de campo, aquilo que eu já sabia, por ouvir dizer, sobre os estarrecedores resultados da reforma agrária no nosso país.
FHC realizou a maior reforma agrária democrática da história mundial nos seus dois mandatos. Distribuiu 20 milhões de hectares, assentou 600 mil famílias e gastou, por baixo, uns 20 bilhões de reais. Que bom! Dirá o leitor. Temos então mais de meio milhão de novas famílias no campo, produzindo satisfeitas e gerando alimentos baratos para as populações urbanas…
Só que a realidade é bem outra. De cada 10 assentados, pelo menos 4 venderam de imediato os direitos de posse dos seus lotes e, dos 6 que sobraram, uma minoria realmente produz com as próprias mãos. Os assentados, por não entenderem nada de produção agrícola, trataram logo de arrendar os seus lotes para terceiros, que os utilizam como pastagem de gado ou produção de cana de açúcar. Se alguém duvida, que vá pessoalmente ao Pontal do Parapanema – a maior região de assentamentos em São Paulo – e constate com os seus próprios olhos. Eles nem sequer residem em seus lotes. Garantem uma renda mensal pelo aluguel das terras e moram nas cidades, onde têm empregos urbanos.
É revoltante. E agora ainda vem esse tal de “abril vermelho”, invadindo terras produtivas para, como eles mesmos dizem, “infernizar” o país.
Tudo o que foi dito acima é do pleno conhecimento do presidente Lula, da Comissão Pastoral da Terra e do Sr. Stédile. Só que, nesse assunto, impera o cinismo geral. Lula não pode desmascarar o MST porque durante duas décadas se valeu do movimento para alavancar o seu PT. A Igreja “progressista” continua abençoando o movimento porque, para os bispos esquerdistas, a questão agrária, agora, é o seu novo evangelho e seu principal instrumento de pregação e arregimentação de fiéis. Quanto ao Sr. Stédile, bem, ele sabe muito bem porque está levando esta farsa à frente.
O MST de há muito deixou de ser um movimento agrarista para tornar-se uma milícia com fins revolucionários. E, para atingir esses fins, pouco importam os meios. Mesmo que sejam flagrantemente fora da lei. O que temos, agora, não é um movimento de trabalhadores sem terra, mas sim, pura e simplesmente, o banditismo rural. Além de que, a luta agrária se transformou num negócio muito rentável. O MST, em nome dos assentados, toma verbas do governo e as desvia em proveito próprio, quer através de projetos de agro-indústrias que não saem do papel, quer através dos “pedágios” que cobram das famílias instaladas para que estas possam ter acesso aos financiamentos públicos. O livro de Graziano apresenta, com fotos e tudo, numerosos casos de “projetos” que não deram em nada.
A realidade, hoje, é esta. Não há mais terras improdutivas para desapropriar, os assentados não querem saber dos assentamentos que têm e os recursos públicos, em um país com tantos setores carentes, estão sendo escandalosamente desviados aos bilhões.
Resta saber se este governo terá coragem para desmontar toda essa farsa.
Para nós, contribuintes, basta!

Fonte: O Estado de São Paulo

Reforma Agrária, um luxo miserabilista

No País onde se diz que existem milhões de famintos, e onde as estatísticas oficiais apresentam um índice alarmante de obesidade, despeja-se bilhões num programa fracassado em todo o mundo. Fracassado aqui também, apresenta-se agora como indispensável a mundança dos índices de produtividade para tomar mais terras dos fazendeiros para nelas assentar novas “favelas rurais”. O campo está em perigo. E com ele o Brasil.

A Reforma Agrária apresentou fracassos em todo o mundo.
Em nenhum país, na história da Humanidade houve reforma agrária que tivesse resultados positivos. Em toda parte, só trouxe miséria e fome. A tal ponto que praticamente todos os países em que houve Reforma Agrária, estão voltando atrás e revogando as respectivas leis. Assim foi na Rússia, na Ucrânia, na Hungria, no Chile, em Portugal, no México, em Angola e até na China comunista. Não se gasta mais tempo nem dinheiro com ela.
O caso do Japão é paradigmático: depois da Segunda Guerra Mundial, foi imposta a Reforma Agrária, modificando a sua estrutura fundiária tradicional. Resultado: fracasso! Recentemente foram realizados estudos sobre como aumentar a produção nas suas poucas terras cultiváveis (mais de 75% do Japão são montanhas ou florestas) para diminuir a dependência da importação de alimentos. Resultado do estudo: uma anti-reforma agrária, isto é, uma legislação que favoreça a aglutinação da propriedade. Razões: o pequeno proprietário tem psicologia de subsistência e o grande de produção. Se se quer aumentar a produção, é preciso aumentar a dimensão das propriedades!

No Brasil, uma insistência utópica.
Só no Brasil, por um verdadeiro obscurantismo socialista, funcionando na contra-mão da História, se insiste na Reforma Agrária, apesar dos assentamentos do INCRA se transformarem sistematicamente em favelas rurais, como está comprovado em diversos estudos publicados e por ninguém refutados.

Entende-se a razão verdadeira...
Essa insistência tem uma razão de ser. Diz o Documento Básico do MST: " as ocupações e outras formas massivas de luta pela terra, vão educando as massas para a necessidade da tomada do poder e da implantação de um novo sistema econômico: o socialismo!"(cfr. Documento Básico do MST - aprovado pelo VI Encontro Nacional. 

Quanto mais o socialismo fracassa, mais ele se apresenta como solução.
Incapaz de trazer soluções econômicas ou sociais, o socialismo só se mantém através de ditaduras férreas ou pelo engodo. Onde fracassa, e sempre fracassa, volta a levantar suas bandeiras surradas para apresentar-se novamente como salvador da pátria. Usando subterfúgios, nunca apresentando sua verdadeira face, arregimenta incautos que lhe servem de massa de manobra. E repetem novamente a mesma história. Organizam a chamada “sociedade civil organizada”, expressão marxista-gramsciana, um eufemismo para designar grupos de pressão dirigidos, para passar a idéia de que a sociedade lhes apóia. E sempre gastando muito.


CPT – CIMI – MST uma união para incendiar o campo
Comissão Pastoral da Terra, Conselho Indigenista Missionário, ambos órgãos da CNBB,
MST – Movimento dos Sem Terra, incumbem-se de incendiar o campo. Para este mês de abril está e execução o “Abril vermelho”, com invasões de propriedades rurais, prédios públicos e até do Ministério da Fazenda. A este respeito João Paulo II declarou em 26-11-2002, ao receber os bispos brasileiros da região Sul III e IV:” Para alcançar a justiça social, se requer muito mais que a simples aplicação de esquemas ideológicos originados pela luta de classes como por exemplo, através da invasão de terras – já reprovada em 1991 – e de edifícios públicos ou privados”.
Como não servem a seus esquemas ideológicos, já morreu o 21º indiozinho guarani, de desnutrição, sem que merecesse do CIMI nenhuma atenção. O CIMI está preocupado, isto sim, com a montagem de acampamento de cerca de 600 indígenas na Esplanada dos Ministérios para coincidir com a Marcha dos sem-terra a Brasília. Esses movimentos, segundo informou o coordenador nacional do MST, Gilmar Mauro ‘a Agência Carta Maior “foram adiados por causa do envolvimento da Igreja, importante parceira da Via Campesina na luta pela reforma agrária em atividades ligadas ‘a morte de João Paulo II e ‘a sua sucessão”.

 
Fonte: Fundadores.org